Quando a amargura me pegou

Sempre tive uma vontade enorme de ser livre, de me sentir livre. Muito jovens ainda eu não tinha a responsabilidade necessária para ser livre. Mas não sabia disso. Achava que estava trilhando o caminho certo e que minha atitudes não eram um problema. 

Até que a irresponsabilidade me levou a tomar uma decisão da qual ao mesmo tempo me arrependo, mas sou grata. Com dificuldades financeiras e pouco dinheiro entrado aceitei uma proposta de emprego informal. Mal sabia das grades que me aprisionariam. Nada contra um emprego normal, é muito bom, mas para mim foi o terror. Ninguém me entendia e as limitações me estressavam.  Fui demitida, mas tive um segunda chance. Eu a agarrai mais pela situação financeira que pela minha vontade mesmo.

Agora vou fazer um ano que estou nesse trabalho e não o suporto do mesmo jeito que no começo, mas estou mais responsável. A amargura de trabalhar ainda é fortíssima, mas tento lidar com ela da melhor forma. Não quero que meus chefes saibam disso. Mas me sinto aprisionada do jeito que estou agora. Muitos podem me julgar de infantil ou irresponsável, mas é como me sinto. Não vou me negar ou fingir ser quem não sou, já fiz muito isso.

E o pior de tudo, não sei o que quero fazer da vida. Outra coisa que me abala muito. Além do julgamento e pressão de outras pessoas sobre minha carreira profissional. Sei que estão preocupados comigo, mas ainda sim me entristece. Posso dizer que estou na pior fase da minha vida, e quero urgentemente mudar de temporada. O desanimo já quase me matou e pensamentos de morte ainda rondam minha semana. principalmente quando estou na rua ou no trem.

Quando a amargura me pegou ela já estava com o terreno pronto, preparado pela ansiedade e auto rejeição e o medo. Ela consegui me nocautear e sinceramente, eu não via o por que lutar. Já estava tentando lutando a muito tempo e sem progresso algum. até que me cansei. 

Tomava remédio para dor de cabeça todos os dias na esperança de isso ser apenas um delírio ou de ter uma overdose que me deixasse algumas semanas no hospital. Eu me batia e me cortava em lugares que as pessoas não iriam ver para manter a boa aparência. Eu já desejei a morte de várias formas. Mas pior de tudo era querer em torturar por achar que eu erra horrível e não merecia ser feliz.

Oh Jesus quando isso vai ter um fim?