Mélica

Já parou para pensar que muitos dos jovens que estão por ai perdidos são filhos de pastores, presbíteros etc? Isso me causa muita dor por que sei o que eles passam de certa forma. Compartilho de uma mesma situação de réu perante os irmão da igreja, os que se dizem corpo de Cristo. "Eu sou humano, sou filho de um casal humano, nasci em pecado, de relações humanas, tenho sangue humano, a mesma forma de aprender que um humano comum, a única diferença é que eu cresci ouvindo a Palavra, mas isso não determina minha santidade. Parem de achar que sou santo, que já sei de tudo, que sei milhares de versículos de cór, que sei "orar bem", que consigo trazer a presença de Deus em qualquer lugar, que não penso besteira, que não ouço e assisto coisas promiscuas, que não entendo de bebidas, que sou inocente.  Parem de me julgar se souberem da minha opção sexual, se descobrirem dos meus relacionamentos fora do casamento, se eu falar um palavrão, quando eu brigar com meus

É difícil falar sobre isso ainda, mas eu vou tentar contar tudo que senti e que as vezes parece querer retornar a minha vida.  Por muito tempo eu fui rejeitada de diversas maneiras, por colegas da escola que não queriam me deixar participar de brincadeiras, de conversas, por professores, por pessoas que não ouviam minhas opiniões, por pessoas que não me davam atenção ou me diminuíam, que me roubavam, que me agrediam de alguma forma. Isso inevitavelmente se refletiu na minha vida espiritual e tudo foi por água abaixo. Por ser filha de Pastor, as pessoas negligenciavam minha parte humana e falha e assumiam que eu já nasci sabendo de tudo, que não precisava ser ensinada. Me senti negligenciada pois não fui ministrada antes do batismo. Por mais que já "soubesse" de ouvir meu pai pregar, simplesmente assumiram que eu não precisava ser ministrada. As pessoas rejeitavam minha humanidade e com isso eu fui cometendo erros atrás de erros. Me enfornando em conceitos erra